Páginas

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Digo

"O que eu digo quando os amigos perguntam o que houve com a gente?! Ah, não sei, a gente se perdeu. Ah, não era pra ser. "Mas vocês se amavam tanto." Amávamos? Quem foi que permitiu que amar pudesse ser conjugado no passado? Ah... Mentira minha, claro que era pra ser! Só não foi. Mudo de assunto. "Sabia que mudei de faculdade?". E no meio da frase, imagino o que você diria quando soubesse que larguei Jornalismo por Direito. Aposto que me apoiaria, diria que combina comigo, com minha mania de não engolir tudo o que dizem que é o certo. Tento, então, contar algo engraçado, e no meio da risada, me invade a vontade de contar pra você tudo aquilo, aposto que você riria e me daria um beijo na ponta do nariz, você tinha essa mania. Começo a lembrar das suas pintas, sua barba, seu jeito de não saber lidar com portas de "puxe ou empurre" que não tinham letreiro. Eu-sempre-empurro-pro-lado-errado. E empurrava mesmo. E eu sempre ria. Penso em te ligar, mas invento mil desculpas pra não fazer isso. Ah, ele deve estar ocupado. Ah, tá na hora do jogo, ele certamente está assistindo. Ah, não quero incomodar. Ah, que desastre, que desastre! Nosso fim é ainda mais triste porque o amor não teve fim. Só nós perdemos. Os laços continuam, mas tão emaranhados que a gente não sabe como reatar, como pegar o caminho de volta. Os fios que nos unem continuam aqui, mas não conduzem mais energia. Talvez um pique hora ou outra, que me acende, mas não por tempo o suficiente pra conseguir te ligar e dizer volta, volta, volta. Como será que você está? Espero que melhor que eu. Sinto tanto sua falta. Tanto. Mas acabou. Droga, acabou. Como é que pôde acabar sem ter fim? Aceita, coração, aceita. Digo pra mim: a-c-a-b-o-u. Só não sei o que eu faço pra acabar com a dor."
 A menina e o violão. 

                            INSTAGRAM

Nenhum comentário:

Postar um comentário