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domingo, 11 de janeiro de 2015

Digo e acredito

Digo e acredito: a gente precisa se perdoar. Depois da maldita palavra mal dita, depois da atitude não-pensada. Sei como é olhar pra trás e dizer: “como eu pude fazer isso?”. Sei que mesmo fugindo das lembranças, hora ou outra elas nos pegam num trecho de alguma música ou numa tarde de domingo, mas sei também que não vale a pena remoer algumas coisas. Se tem como consertar, porque se preocupar? Se não tem conserto, repito, de que adianta se preocupar? Tem o sentimento de culpa, eu sei. Mas todo mundo erra. Não que isso justifique todos os erros, estou falando de falhas de conduta, não de desvio de caráter. Mas insisto nisso: todos erram. Até você. Até quem você machucou. A gente precisa reconhecer isso. Reconhecer que erramos e que todo mundo erra. A gente morre todo dia quando não sabe se perdoar, o coração sufoca debaixo do cobertor da culpa.

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