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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Será que seremos todos assim, programados?

Você tem que ser o melhor. Medicina. Direito. Arquitetura. Porque você precisa ter um futuro. Dinheiro de sobra. Uma casa em um bairro planejado de alto padrão. Um carro que tenha a opção “férias em Marte ou quem sabe em Saturno ou Plutão (mas até mesmo Plutão está desempregado e sem perspectiva de vida)”. Ninguém vai chegar pra você e dizer: “Olha, faz o que tu quiseres. Estou contigo”. Seria atentado as regras dos bons costumes. Afinal, ninguém quer ser ninguém. E ninguém quer ser alguém apesar das contrariedades em que estará eternamente fadado. Por isso imagine que insano um mundo em que todos fazem o que querem porque gostam? Imagina que louco você chegar em casa hoje dizendo que quer fazer Ciências Sociais ou que quer fazer Música? Imagina a maior loucura se alguém te apoiasse? Eu vejo as pessoas fazendo aquele típico movimento com os dedos, sinônimo de autoridade, de quem já se deu bem na vida. Será que elas dormem bem a noite? Será que se elas pudessem voltar atrás elas teriam feito diferente? Será que os filhos delas vão se tornar copias idênticas do que elas são? Será que seremos todos assim, programados?


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