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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Quem dera

Por um momento, eu quis ter razões pra te acolher novamente. Até pensei: quem dera houvesse razões pra te perdoar! Quem dera não fosse assim tão injustificável. Quem dera eu pudesse te abraçar sem ter nojo e pena do teu vazio. Juro que pensei assim. Mas não havia razão, nunca houve. Eu estava ali por gostar de quem você fingia ser, mas quem você realmente é, é tão lamentável, tão triste, tão vazio. Então, eu deitei e pensei: meu Deus, será que dá pra ser feliz assim? Será que algum dia você deitou na cama e se sentiu mal por ser uma pessoa tão ruim? Será que você sabe o que é ser livre, sem se sentir apodrecendo, desmoronando por suas próprias mentiras? Senti tanta raiva de você por um instante, mas quando parei pra pensar, percebi que você nem era digno disso. E adivinha? Nem de pena. Porque pena a gente sente de quem é coitado, e você não é. Você faz tudo isso porque é realmente uma pessoa muito ruim. Você sabe falar sobre o amor, mas tudo isso não passa de mentiras que você construiu pra suportar conviver consigo mesmo. Isso não te assusta? Porque eu ainda me assusto com a existência de gente assim. Tão ruim, tão manipuladora, tão fria. Eu ainda choro quando machuco alguém. Eu ainda fico com a consciência pesada quando conto uma “mentirinha”. Espero nunca perder isso. A minha verdade, os meus princípios, a minha imperfeição ainda amorosa. Como é bom escrever isso sem sentir dor alguma, como é boa a leveza de um coração curado, amado! Espero que você não colha tudo que plantou, porque, sinceramente, seria terrível demais. Se bem que, no fundo, você colhe um pouco todos os dias, sei que não ter verdade é não ter paz. E eu não desejo seu mal, porque desconhecer o amor já é mau o suficiente.


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